Ansiosos por mais uma oportunidade de colocar as potentes máquinas a prestar provas daquilo que são capazes de fazer, eis que chegava a bela manhã de 22 de Março. A noite tinha sido chuvosa, encomenda especial para os amantes do TT, para baixar o pó.
Bela manhã, de sol, um pouco fresca, mas excelente para um belo dia de aventuras, que começaram logo pelo caminho até Alcácer, que qualquer proprietário de um belo Range Rover já está habituado, qualquer coisa vai correr menos bem (para não dizer que vai correr mal). O belo ponteiro da temperatura parecia o do conta rotações, ora subia, ora descia, até que subiu de vez. Encosta …!!! Claro que no Attalaia é tudo uma grande família, e existe sempre um “médico/doutor” de serviço (já sabem quem). Todos pararam e abriu-se a folha de obra, tubo de circulação entupido (é o que faz não existirem passeios, pelo menos de 15 em 15 dias), toca tudo a soprar.
Começo de dia sem acontecimento não é dia, depois o que tínhamos para contar ?? Assunto resolvido (ainda bem !!! Estava a ver que ia voltar para casa, logo nós que quase não tínhamos dormido com o entusiasmo).
Paragem para o cafezinho, WC e briefing, distribuição do road book (não sei para quê, o pessoal vai atrás uns dos outros) e toca a fazer-nos à estrada, desculpem …… fora da estrada.
O campo está maravilhoso, verde e sarapintado de amarelos, cor-de-rosa, brancos, uma palete de cores. Percurso arenoso, nada de perder o andamento, senão guincho com ele… Primeiro “obstáculo”, uma ligeira subida arenosa, com as potentes máquinas na sua cauda à espera de demonstrar as capacidades de cada uma, lá vão subindo, os mais audazes fazem uma subida mais generosa, vai à frente, vai atrás, dá-lhe potencia, não pares, enfim… uma entretenha.
Vamos seguindo, sempre terreno arenoso, não se pode parar, se pararmos, podemos tramar-nos. Com tudo isto aproxima-se o almoço e como vamos ter de o “fazer” o melhor é ir andando para o local… Lá fomos, acendeu-se a fogueira, comeram-se uns petiscos e lá chegaram os carros que tinham o repasto. Comeu-se e bebeu-se, conviveu-se e deixou-se a floresta em condições. Sim porque estimamos a natureza.
Segue em frente, que o percurso ainda é longo, com paragem para o cafezinho, pois almoço sem café é que não pode ser, acho que aquela máquina de café nunca tirou tantos cafés de seguida como nesse dia.
Segue, agora para um percurso mais adequado à viatura, obstáculos, água, paragem…. Aí está a grande subida…. Aqui vamos ver quem é que tem as grandes máquinas e quem tem o “Kit de unhas”… lá sobem, uns mais devagar, outros com mais gás e outros que até perdem peças (Brutos !!!)… Mais um momento de emoção.
Chegados ao Lousal, foto de família, junto ao caminho-de-ferro e à antiga locomotiva, aqui se percebe a grande família que é este clube.
Segue para o restaurante das minas do Lousal, para um repasto divinal.
As favas fizeram as delícias de todos, os cantares alentejanos emocionaram o pessoal e a carne de conserva com migas salteadas foram de chorar por mais…
Um dia muito bem passado, com companhia excelente e momentos disfrutados que ficam na memória. Um especial agradecimento aos organizadores pelo seu esforço e um bem aja para o Attalaia.
Sandra e João Castanho
(SOCIO 177)